A ANTRAL esteve hoje reunida com o Senhor Secretário de Estado da Mobilidade, Dr. Eduardo Pinheiro, na sequência de pedido de reunião urgente que endereçou ao Senhor Ministro do Ambiente e da Transição Energética que para aquele remeteu a incumbência de nos receber.
O pedido da ANTRAL surgiu por força da escalada do preço dos combustíveis e o arrastar de uma tomada de posição clara sobre a atualização da tabela de preços.
Gostaria a ANTRAL de trazer aqui boas notícias, porém, a reunião não as proporcionou. Desde logo, a ANTRAL lamenta a ausência do Senhor Ministro a quem pretendia questionar da razão pela qual as suas corretas e perentórias declarações sobre apoios a outras empresas que não efetuam transporte público foram, dois dias após, frontalmente contrariadas pelo Senhor Ministro da Economia que veio anunciar esse apoio.
A explicação dada pelo Senhor Secretário de Estado de que por não se tratar de transporte público essa competência é da área da economia, não convence a ANTRAL embora tenha sido dito, também, que o apoio nunca será de valor igual ao táxi. Estamos para ver!
No que toca ao apoio anunciado para os profissionais de táxi foi-nos dito que no início da próxima semana a plataforma estará em condições de receber candidaturas.
Mas, a ANTRAL esperava mais, não sendo justificação a permanente desculpa de que algo impede a adoção de medidas que desde longa data têm vindo a ser propostas, ora é a Covid, ora é a guerra, ora que o Governo está em fim de ciclo!
A ANTRAL queria ver soluções, nomeadamente para propostas que vem apresentando para atacar a falta de condutores e a entrada provisória na atividade de condutores inscritos para formação; para a acomodação, com dilação de dois ou três anos, do limite de idade das viaturas, em face do período difícil que temos vivido com a pandemia e agora com a guerra. Queria, também, ver o problema da cobrança ilegal do IUC que nesta fase de candidatura a apoios muito prejudica a indústria, resolvido. Como queria resposta para muitas outras propostas que constam do caderno reivindicativo da ANTRAL e que foram relevadas durante o funcionamento do recente grupo de trabalho para modernização do Táxi. Lamentavelmente, nada havia para nos dar, em repetição daquilo que vem sendo uma agenda vazia recorrente para o Táxi que vai sendo espoliado dos seus utentes, seja pela criação de regimes como o do transporte de doentes não urgentes, seja pelas plataformas electrónicas, etc.
A ANTRAL aproveitou, no entanto, para pedir atenção ao tratamento dado às viaturas de letra A e T, de forma a que não sejam excluídas dos apoios, ao problema sério criado com a falta de aferição dos taxímetros para mudança de hora e feriados e a possibilidade de a alteração à tabela implicar mais uma aferição e o problema denunciado pelos Instaladores e Reparadores de Taxímetros que foram desqualificados, criando um vazio de consequências, ainda, imprevisíveis para a normal operação do táxi.
Outro assunto que preocupa o Sector diz respeito à insólita Portaria 7/2022, do início do mês de janeiro, sobre publicidade e controlo do tempo de trabalho e condução.
Parte destes assuntos mereceram a disponibilidade do Senhor Secretário de Estado para sensibilizar o seu homólogo competente para os problemas emergentes.
Ficamos assim, à espera que algo ainda aconteça nesta legislatura mas, não podemos aqui para já alimentar falsas esperanças ou inventar promessas inexistentes.